Falar de amor não é amar


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Comodismo





Confesso que deixo as coisas rolarem, se consertarem por si mesmas ou sairem de eixo por completo. Coloco todas as certezas entre aspas, procuro fôlego debaixo das cobertas e me destraio pensando em como seria bom não pensar em nada. Minha vida se resume em tentar, no “só mais uma vez”, nos detalhes que passam despercebidos, na porta entreaberta que me convida a retornar ao passado. Não sinto sono, nem frio. Só saudade. Tomo um café amargo, abro os olhos e te esqueço por alguns segundos, pisco os olhos e te vejo outra vez. Me apego as coincidências, ao acaso. Gostaria de viver com os olhos fechados, talvez assim eu evitasse dar de cara com o amor sempre. Pulo do barco na maioria das vezes, tenho medo da chegada, do último suspiro, do adeus. É difícil. Mas com o tempo eu aprendo. Eu acostumo.

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