Falar de amor não é amar


domingo, 31 de julho de 2011



Eu me arrisco em corações vazios e bebo das mais profundas tristezas. As minhas mãos estão cansadas de redigir loucuras que nem eu consigo explicar depois. Porque eu sou como os créditos finais de um filme, tô sempre me acabando e, quem vê, percebe. Mas ninguém tem paciência pra acompanhar. Eu vivo pra quem, sou de sem você. Todo trocado. Eu já fui desenhado em escalas diferentes, mas o meu peso é sempre o mesmo, o meu amor é mais caos que ordem, e minha vida é um barbante todo desfiado. Eu não escondo o segredo, se amor fosse só o bem venderia em farmácia. Mas me disseram que remédio demais também faz mal. E olha que o amor não é remédio pra ninguém nessa vida de desencontros-desenganos-desgastes-desapegos. A chuva não cessa e minha bagunça está indo embora essa noite, o meu cheiro doce, o meu carinho que faz tremer. A minha sensação de paixão. A minha mecha de loucura. O amor é pra qualquer um, pular do precipício que nele existe que é para poucos. Pouquíssimos.


Se uma mulher disser que está tudo bem, desconfie. Se ela disser que não está,preocupe-se. Se ela te chamar de idiota, você tem sorte. E se ela disser que te ama,acredite.


Sinto muito. Pelas vezes que calei e preferi não me declarar, pelas lágrimas que causei, pelo amor que te dei. Me desculpe pelos desencontros, pela confusão que criei, pelas noites mal dormidas, pelas chamadas não atendidas. Me perdoe, por tanto gostar, por querer estar perto e pelo silêncio constrangedor no meio de uma conversa qualquer. Peço desculpas pelos abraços tão demorados, pelos beijos não dados, pelos pedidos negados. Pelas brincadeiras fora de hora, pelo sorriso forçado, pelas mensagens não encaminhadas. Por favor, me perdoe. Pela companhia exagerada, pela preocupação desnecessária, pelos recados esquecidos. Pela saudade incomum, carinhos ridículos e pelas palavras sarcásticas. Eu te amei, te amo, te amarei… Me perdoe, outra vez.
Déborah Carla Lehmert.

Seja apenas você.



Garota, aprenda: Você não precisa fingir ser outra pessoa para conquistar um homem, como usar roupas que não combinam com você, ou qualquer coisa do tipo. Não faça nada que contrarie sua real personalidade. Um homem de verdade se apaixonará pelo seu sorriso, pelo seu balançar de cabelo, pelos seus mínimos detalhes. E não por uma mini saia e um batom vermelho.




E se tiver que prometer algo, prometa insegurança, mau humor, ironia, essas coisas. Nada de certezas, frases diretas ou sentimentos. Talvez assim exista confiança, ou algo parecido.

Impróprio


Faltava tão pouco, chegou tão perto, e agora está tão distante. Nossa história, que sempre foi mais minha, era cheia de circunstâncias adversas, silêncio e atitudes mascaradas. Eu pensei que tínhamos aspirações comuns, eu cheguei até a pensar que iria ser eterno. Veja só, até que ponto cheguei. Logo eu que nunca me prendi, logo eu que evitava sentir, logo eu que nunca quis nada com nada e ninguém. Assumo que minhas previsões sobre nossa relação foram drásticamente equivocadas, e tentando adivinhar suas reações, gostei. Gostei desse seu jogo de se entregar mantendo-se longe, gostei desse seu jeito ingênuo de nunca criticar ou rebater meus comentários, gostei da forma como me dominava, gostei de como me olhava e sem perceber, tremia. Gostei dessa sua voz rouca e doce, que por tantas noites me acompanhou. Eu, excessivamente, gostei. Não só de você, gostei de como gostei, gostei de gostar tanto assim, de um modo um tanto confuso, de alguém que cabia em mim.
Déborah Carla Lehmert

Quero você, ninguém mais. ( Pra você)



Te peço que deixe, que fique, que venha. Sem comprimentos ou manhas, sem compromisso ou relação. Me escute, é rápido. Juro. Deixe eu falar um pouco do tanto que andei pensando em nós dois, em como traçamos linhas diferentes para o mesmo desfecho, em como todos os dias antes de dormir, peço à Deus que te proteja. Sabe, estou me desconhecendo e, com o passar dos dias vou vivendo assim, sei que não será meu, aliás ninguém pode pertencer a ninguém, e sei que também nem é o que eu quero, não quero prende-lo a mim, não quero forçar nada. Tenho medo de me expressar de maneira errada, de passar uma imagem errada, medo de que não me compreenda, medo que eu precise de você, isso é uma das coisas que eu mais temo. Muitas das vezes só o que eu quero é ouvir a melodia da sua voz se misturar ao vermelho fosco dos seus lábios. Meio absurdo talvez, mas ainda penso em como tudo podia ter sido diferente. Você sabe, eu sei que sabe. Não foi por acaso que nos conhecemos, e nem vai ser assim sem qualquer satisfação que tudo vai acabar. Sinto falta de sussurrar besteiras no seu ouvido, perder a noção do tempo, te encontrar escondido, viver o proibido. Ontem desejei tanto sua presença que meu corpo implorou pelo seu. Abracei o travesseiro imaginando seu calor, falei algumas palavras de amor, pedi coragem à mim mesma. Não quero seu arrependimento, não quero que largue nada, nem ninguém, por mim, só quero ser sua, nem que seja por umas horas, mesmo que tenha tempo limitado, só por me sentir sua no momento, já é suficiente pra mim, apenas peço que pense um pouco mais. Que não desista assim de mim, temos muita história pra criar, muitos momentos juntos pra passar, você me satisfaz, eu adoro estar com você. Ainda te quero, amor.
Déborah Carla Lehmert