Falar de amor não é amar


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Cansei


Então pode ir. Leve as recordações no ombro e carregue as lágrimas da despedida, eu não aguento mais. Cheguei a implorar qualquer sopro de amor que pudesse vir de você, me rastejei, fui fiel. Era um fidelidade diferente, afinal eu não tinha você, mas não enxergava ninguém. Cada abraço dado era uma nova vida, e as lágrimas enterropidas por sorrisos no meio das brigas me deixavam incessantemente apaixonada. Eu podia passar a noite toda pensando em um futuro longo com você, imaginando milhares de desentendimentos e carinhos, brincadeiras e conversas. Mas só eu. Você queria alguém mais importante, indispensável e até mesmo difícil. Pois eu sempre estive aqui, ao seu dispor, em suas mãos não é? Já chega. Tanto me avisaram, tanto me pediram para desistir, e eu continuei. Aqui, cega e rastejando ao seu lado. Me sentia incompleta e um tanto desorientada. Amor incoerente esse nosso, digo, meu. Cheio de delongas e desculpas repetidas. Depois de tanto tempo, a realidade me puxou e disse - “Sai!”. Tive que sair de você, e agora você quem vai sair. Eu sei que vai doer em você, mais do que em mim. Eu era uma amiga, você um amor. Não ia dar certo, não deu, nem chegou perto. Aprendi com o erro, cansei.

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