Falar de amor não é amar


quarta-feira, 18 de abril de 2012

É ele.

No começo a gente pensa (enfatiza) que gosta dela, dele. Mas que tem algumas coisas (várias) que a gente não suporta. Com o tempo a gente percebe que ama tudo, principalmente as coisas insuportáveis. Não procuramos só carinho, queremos confronto. Aquela teimosia boa que faz a gente discutir por horas, tantas que no final é impossível lembrar sobre o que estávamos discutindo. A gente acusa o outro: e você, sempre do contra. O outro acusa a gente: você nunca é a favor.
É a manha. O doce. A melhor fatia do bolo.
Porque entre os milhares de pessoas que riem das nossas piadas a gente se apaixona por quem não acha graça. Por gente estranha. Gente diferente, mas que bem no fundo é igualzinha a gente.
Existem casais que fazem coisas tão legais juntos que isso acaba mesmo escondendo toda a intimidade que nunca tiveram. É preciso um cinema. Um presente. Sempre é preciso algo novo.
Mas o amor de verdade não precisa dessas coisas.
Pra quem se gosta qualquer programa serve e às vezes, quando não há programação, é melhor ainda!

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