Falar de amor não é amar


segunda-feira, 8 de agosto de 2011



Nos acostumamos a não encarar os fatos, a evitar certos assuntos e deixar sem respostas as perguntas que fazíamos para nós mesmos. Às vezes parecia que tínhamos um acordo, sem nenhum tipo de regra explícita, mas onde cada um sabia o que dizer quando o outro precisasse de companhia, ajuda, silêncio… Carinho. Não importava. Já encontrou alguém que no meio do dia te visitava em pensamento? Era exatamente assim. Era. O encanto passou, tão lentamente quanto uma gota d’água que escorre pelo vidro tentando achar repouso. Crescemos, vivemos. Por vezes até sorrimos, brincamos, amamos. Ninguém teve culpa, e talvez por isso eu me culpasse tanto por ter entregado assim, de bandeja, o que até hoje ninguém nunca mais teve. E agora, do nada, vem se desculpar. Desculpas peço eu, anjo, por ter demorado tanto enxergar. Eu não podia te cobrar nada, e sem querer, cobrei. Não tinha o direito de entrar na sua vida dessa forma, sem mais nem menos, pedindo atenção. Erramos. Deixe essa lembrança amarga para trás. Deixe-nos, esqueça.

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