Falar de amor não é amar


segunda-feira, 1 de agosto de 2011



Não gosto de coisas certas, pela metade, incompletas. Gosto do mistério, do vazio, do nada. Prefiro o conjunto, a saudade, o silêncio. Nunca optei pelo fácil, oferecido, de graça. Sempre soube me dar valor, esconder a dor, sorrir sem cor. Vou e volto, sem caminho, perdido. Tento me encontrar, me perco ainda mais. Quero deixar de sentir, mas corro atrás. Talvez eu seja menos, do que eu acho, do que eu quero, do que eu penso. Quem sabe eu queira muito, além, demais. Desejo paz, em mim, na alma. Mas no fundo eu quero tumulto, loucura, assunto. Sei muito sobre alguns. Perco o sentido, falo sozinha, desvio caminhos. Sinônimo de “não sei”, explicação para o talvez. Amiga, parceira, interesseira. Maliciosa e confusa. Um pouco de mim, resto de outros. Eu, eu mesma, comigo.

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