Falar de amor não é amar


terça-feira, 2 de agosto de 2011

e você suporta o amor?



Saio de casa cedo, volto cedo, durmo tarde. Não aproveito quase nada, não sei de quase nada. Sinto quase amor e quase amo alguém. Fico rabiscando em qualquer canto palavras vazias e sem sentido, pedindo à Deus que me dê força para amar sem esperar reciprocidade. Gosto de deitar na cama, virar pro lado, pensar em como foi o dia sem nenhuma troca de olhares ou palpitar de corações. Já experimentei dessa loucura que chamam de amor, acredite. No meio dos cálculos de matemática, a gente para, baixa a cabeça, chora. Pensa, repensa, sonha. Nas viagens o celular segue do lado, as folhas do caderno sempre com um desenho que faz lembrar. Ouço vozes, sinto perfumes, passo horas lendo cartas, revendo fotografias, levando na cabeça o que já saiu do coração. Me sinto um pouco mais forte, mais confiante. Não sei explicar bem, mas é que a queda foi grande dessa vez sabe? Acho que aprendi. Não se ama alguém em duas semanas, dois meses ou dois anos. Ama-se enquanto é suportável amar.

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